quarta-feira, 17 de abril de 2019

Este cordel é baseado em fatos reais. Aqui não se trata de um estória criada e nascida na cabeça do autor. Os fatos foram reais, apesar da liberdade poética, que, evidentemente, faz-me lançar fantasias na narração.

A essência foi real, e, ZEZINHO, evidentemente, não é o nome da pessoa que me inspirou em escrever.

O desfecho, fim da narração, poderia diferente, ante a liberdade poética, mas decidi manter o que de fato ocorreu [Rsrsrs]

Leiam!!!


A SAGA DE ZEZINHO!
A vida tem um contorno
Que a todos impressiona
O sujeito pode ter dinheiro
Mulher e muita fama
Mas quando vem a morte
Se o "cabra" ñ tiver sorte
É apagada a sua "chama"
O "causo" a ser contado
Em versos de Cordel
É sobre um certo rapaz
Que narrarei bem fiel
Quando a morte te chamou
Ele a ela enrolou
Não querendo ir pro Céu!
Certo dia lá no Céu
Nosso Pai Soberano
Chamou a velha morte
E mandou trazer um humano
Sem necessitar de dor
De preferência mal pagador
Esse era o seu plano....
A morte sai ligeiro
Pra muito pesquisar
Sobre um certo rapaz
Que não gostava de pagar
Mas tinha uma conversa bonita
Parecida com artista
E bom pra se desculpar...
Por mais que tivesse raiva
Qualquer um cobrador
Ao se aproximar dele
Diminuía o furor
Ele dava grande atenção
E uma boa explicação
Dizendo porque atrasou
A morte encontrou Zezinho
E já começou a gritar
Nem venha com conversa
Desse dia você não passará
Logo teve reação
Chamando pra negociação
Pros negócios acertar...
Falou: Senhora morte
Quer que foi, quer que há?
Me dê os seus motivos
Pra você vim me buscar
Eu sou ainda novo
Na verdade eu sou moço
Bora logo se acertar...
A morte bem ligeira
Agindo rapidamente
Ele da motocicleta
Caiu bruscamente
Foi logo pro hospital
Passando muito mal
E ficou inconsciente...
Entrou logo em coma
E pro Céu foi prontamente
São Pedro abriu a porta
E os anjos todos contentes
Mandando Zezinho entrar
E não se preocupar
Com toda aquela gente...
Zezinho ficou a olhar
Com os olhos arregalados
Perguntou o que ele fez
E se tinha "endoidado"
Começou logo gritar
"Se morrer for descansar
Prefiro viver cansado!"
Jesus saiu de dentro
Vendo toda gritaria
Indagou a São Pedro
O que ali acontecia
Pedro foi logo explicando
E Zezinho resmungando
Que naquela porta ñ entraria
Jesus nosso Senhor
Foi logo dando ciência
Que a hora de Zezinho
Já tinha tido a fluência
Era pra ele sossegar
E logo parar de falar
Foi essa a sua sentença!
Zezinho todo jeitoso
Usando da persuasão
Perguntou ao soberano
Qual seria a razão
De ter sido escolhido
Dentre diversos bandidos
Assaltante e ladrão
A resposta foi pronta
E a sua fundamentação
Constava em sua fama
Aquela de "enrolão"
De comprar e ñ pagar
Na cidade e no lugar
Que venderem a prestação
O nosso pai soberano
Com toda onisciência
Explicou a Zezinho
Porquê a sua preferência
Era pra voltar
O dinheiro a circular
Pra diminuir a inadimplência
Zezinho foi dizendo
Ô mestre me dê atenção
Deixe-me voltar pra terra
E diminuir a inflação
Quando o PT se reeleger
O Senhor vai ver
Que melhora a região...
Continuou a explicar
Os seus planos de trabalho
Mostrando uma planta
De um lindo Santuário
E também uma relação
De pobres com precisão
Que ajudaria do seu Salário
Doutro lado lá na terra
O médico foi explicar
Chamando toda a família
E sobre Zezinho foi falar
Que jeito mais não tinha
Porquê Zezinho não reagia
E o Aparelho iria desligar
A família toda aflita
Com a desolação
Pai, mãe, tio e avós
E também o seu irmão
Foram montando o plano
E também providenciando
A compra do seu caixão...
Depois da exposição
Do que pretendia fazer
Zezinho ganhou uma chance
Pra na terra ele descer
Pra lá ele voltaria
Mas também mudaria
O jeito de proceder
Foi feito o acordo
Carimbado e autenticado
Zezinho pra terra Voltou
Mas continuou enrolado
Não cumpriu o que prometeu
E a morte também desceu
Pra o levar amarrado...
Porém, todavia
Zezinho pintou o cabelo
Engordou e se fazia
Até que era vaqueiro
Tudo pra esconder
E a morte dele esquecer
De Janeiro a Janeiro.
O cordel de Zezinho
Por aqui findou
O relato de esperto
Com certeza ele narrou
Mas o seu pecado
Está bem anotado
Na cartilha de Nosso Senhor!

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